Tecnologias no dia-a-dia

A história tem mostrado que o homem ao enfrentar uma necessidade procura desenvolver instrumentos, procedimentos e técnicas para atuar na sociedade em que vive, visando reduzir consideravelmente o tempo e a energia dispensados na realização de suas tarefas.

Inicialmente, o conhecimento produzido pelo o homem era passado de geração em geração por meio da linguagem oral, necessitando, posteriormente, do registro escrito nas paredes das cavernas, em talhas de madeira e pergaminhos, passando por um processo de evolução dos manuscritos à prensa de Gutenberg até chegar nas mídias digitais.

Na sociedade agrícola, o homem também buscou formas mais eficazes de arar, semear e colher os produtos da terra. Com o crescimento da agricultura foram necessárias outras técnicas de armazenamento, processamento e estocagem dos produtos que permitissem a distribuição para um grande número de pessoas, em diversos lugares, incentivando, assim, a indústria e o comércio.

Na atual sociedade é pertinente refletir sobre a vida sem as tecnologias desenvolvidas até o momento: como seria a vida sem uma boa cama para dormir e ao acordar não ter um espelho para contemplar-se? E quanto tempo teria que dispor para moer o café, acender o fogão à lenha, passar as roupas num ferro à carvão em brasas? E se fosse confiar apenas no relógio biológico, chegaria ao trabalho no horário estabelecido? E o noticiário do rádio e da tv, como saberia a previsão do tempo? E esse texto que está sendo digitado, quantas folhas teria rabiscado? Em relação a sociedade do conhecimento podemos ainda citar o livro impresso, o rádio, a Tv e a Internet, entre outros, como exemplos de tecnologias que permitem novas formas de produção, acesso, armazenamento, processamento e comunicação das informações.

Enfim, tecnologia é tudo isso, o conjunto de procedimentos, técnicas e ferramentas desenvolvidos com o objetivo de potencializar a atividade humana. Não é possível deixar de reconhecer suas vantagens e possibilidades aplicadas no dia-a-dia. Entretanto, a tecnologia deve estar à serviço da qualidade de vida do ser humano, sem deixar-se levar pela visão consumista imposta pela mercado que desenvolve, quase que diariamente, novas tecnologias para substituir outras ainda pouco exploradas.

Também é necessário não perder de vista o quanto é bom a simplicidade do campo, de uma praia deserta, de uma cidade pequena, onde as pessoas ainda preservam o costume de conversar pessoalmente com as outras, de consumir produtos naturais sem agrotóxicos, bem como ter uma vida sem o stress provocado pela grande quantidade de veículos e fábricas que poluem o Meio Ambiente. Nessa perspectiva, é muito importante a reflexão "Cultura, Ciência e Tecnologia. Para onde vamos?". A Educação, nesse cenário, deve estar sustentada nos quatro pilares propostos pela UNESCO, visando à formação de cidadãos que aprendam a SER, CONVIVER, CONHECER e FAZER um mundo cada vez mais justo e solidário.